Texto da Matéria
Em celebração ao Dia Internacional da Felicidade, 20 de março, o Instituto Cidades reeditou a pesquiza que traça o Mapa da Felicidade do Estado de São Paulo, e o resultado aponta que Barueri tem uma das populações mais felizes do Estado. A primeira edição da pesquisa aconteceu em 2004.
A cidade está inserida no estudo na Região de Osasco, que também ingloba as cidade de Cajamar, Carapicuíba, Embu das Artes, Pirapora do Bom Jesus, Itapevi, Jandira, Itapecerica da Serra, Osasco e Taboão da Serra.
Na comparação dos dados de 2004 para 2022, de onze regiões analisadas, apenas duas registraram aumento no índice e Barueri é uma delas, passando de 6,19 para 6,51, no período citado.
O levantamento indica que a espiritualidade é o atributo mais decisivo para a sensação de felicidade dos paulistas e as mulheres se tornaram mais felizes do que os homens.
O estatístico e cientista da felicidade Jorge Oishi, coordenador da pesquisa explica que “como a percepção de felicidade é subjetiva, a melhor forma de avaliação é propor que os entrevistados definam o nível de felicidade que estão sentindo e os atributos que mais interferem nessa sensação”.
Critérios avaliados
Entre 11 pilares avaliados, “Espiritualidade” obteve o maior impacto, com índice 7,3, enquanto “Governo” ficou no lado oposto, com 5,1.
Dos entrevistados em 2023, 72% se disseram “felizes” ou “muito felizes”, ante 84% há duas décadas. Houve, no entanto, diferença significativa a favor de 2023: 39% dos entrevistados se definiram como “muito felizes”, ante 25% em 2004.
Na situação oposta, 13% dos entrevistados se disseram “infelizes” ou “muito infelizes” em 2023, ante 4% em 2004. São indícios de que parece estar havendo radicalização dos sentimentos: mais pessoas se sentindo muito felizes e mais pessoas se sentindo muito infelizes. Entre os resultados surpreendentes da pesquisa está a constatação de que não há relação direta entre renda e sensação de felicidade.
Renda familiar
Das pessoas com renda familiar mensal abaixo de R$1.320, 44% se classificaram como “muito felizes”, ante 37% das pessoas com renda familiar acima de R$13.200. Houve uma forte inversão entre essas duas faixas em comparação aos resultados de duas décadas atrás, quando apenas 22% dos mais pobres e 52% dos mais ricos se disseram muito felizes.
O índice de felicidade subiu de 6,21 para 6,54 entre os mais pobres – a melhor média entre todas as faixas de renda – e caiu de 7,79 para 6,53 entre os ricos. Outra revelação: o índice da faixa entre 16 e 24 anos caiu de 7,11 para 6,32, passando do primeiro para o último lugar entre as cinco faixas etárias avaliadas. No lado oposto, pessoas com mais de 60 anos têm nível de felicidade 6,48, ante 6,26 em 2004.
Chama a atenção também o fato de que as mulheres passaram a se sentir mais felizes do que os homens. O índice dos homens foi reduzido, no período, de 6,84 para 6,37, enquanto o das mulheres caiu bem menos, de 6,53 para 6,44.$
Como a pesquisa foi feita?
Para que a comparação entre as duas edições da pesquisa fosse possível, o Instituto Cidades aplicou a mesma metodologia de levantamento e análise dos dados, com amostragem semelhante.
Em 2004, foram feitas 5.952 entrevistas em 74 municípios, representantes das 11 regiões. Na edição de 2023, foram realizadas 5.777 entrevistas em 71 municípios das mesmas regiões, com o trabalho de campo sendo realizado entre 1º e 10 de março. O cálculo envolve diferentes fatores de multiplicação de acordo com os pilares e as categorias.
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