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Na segunda-feira (dia 20) a Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente, por meio do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), fez a repatriação de 350 animais silvestres para seu habitat natural.
Ao todo, foram repatriados para a cidade de Salvador (Estado da Bahia), 290 jabutis da espécie jabuti-piranga e 60 aves variadas, como galo-de-campina, inhapim e algumas espécies de pintassilgo. De lá, serão soltos na natureza.
De acordo com a bióloga e gestora do Cetas, Érika Sayuri Kaihara, as aves, geralmente, são resgatadas por apreensão ilegal. Já os jabutis, na maioria, são de entrega voluntária. Esses animais, ao chegarem ao Cetas de Barueri, ficam isolados, são examinados e passam por tratamento veterinário. Isso antes de serem introduzidos de volta à natureza.
“O principal o objetivo do Cetas é fazer a introdução dessas espécies de volta à natureza. Como essas espécies não pertencem a essa região, a gente encaminha para seu local de origem. No caso dos jabutis, é toda a parte da caatinga”, afirma a bióloga.
Monitoramento
Além de todos os cuidados quanto a saúde dos animais, o Cetas segue normas rígidas para controle das espécies, que são marcadas com microchips ou anilhas que possuem uma sequência numérica com todas as informações do animal.
Sobre o jabuti-piranga
Os quase 300 jabutis que voltaram para o seu local de origem são da espécie jabuti-piranga, um animal muito presente nos lares. Se você chegou a ver alguns desses com o seu casco cheio de ondulações, trata-se de uma doença chamada de Piramidinismo, e sua causa está relacionada principalmente ao ambiente no qual esse animal foi criado e exposto. Quantidade insuficiente de sol, alimentação inadequada, solo inapropriado estão entre os motivos que afetam a saúde desses animais.
Tráfico de animais
Segundo o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o tráfico de animais silvestres é o terceiro maior comércio ilegal do mundo. Ficando atrás do tráfico de armas e drogas. Estima-se que cerca de 38 milhões de animais silvestres são retirados da natureza todos os anos, e grande parte morre antes de serem comercializados. Isso porque são transportados de forma precária e mantidos em cativeiros inóspitos, encontrados, em muitos casos, em sacos plásticos, malas e caixas papelão.
Denuncie
Para denunciar crimes que configuram maus-tratos de animais silvestres ou outras transgressões ambientais, basta ligar para a Guarda Ambiental (Divisão da Secretaria de Segurança Urbana e Defesa Social) nos telefones: 4198-3205 ou 4199-1400.
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