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Nesta terça-feira, dia 9 de agosto, é comemorado o Dia Nacional da Equoterapia, um reconhecimento pela prática que a cada dia se revela mais benéfica no tratamento de vários problemas de saúde. Em Barueri, desde 2018, há o Centro Municipal de Equoterapia, referência neste tipo de atividade, e que desde então já contou com, aproximadamente, 300 praticantes.
Instalado em uma área de oito mil metros quadrados, com dois mil metros de área construída, em Alphaville, o Centro de Equoterapia conta com 29 funcionários e onze cavalos. Fica na Alameda Bilbao, 1, em Alphaville Empresarial. Hoje a equoterapia tem legislação própria (lei 13.830, de 2019) e está regulamentada como método de reabilitação de pessoas com deficiência.
A prática da equoterapia se desenvolveu de tal maneira nos últimos anos que o uso de cavalos em tratamentos médicos avançou bastante e é recomendado para vários procedimentos interdisciplinares nas áreas de saúde, educação e equitação. Sempre com o intuito de promover o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiências.
Procura grande em Barueri
A Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SDPD) faz o acolhimento de interessados nesse tratamento. Contudo, é preciso que o praticante tenha atestado de saúde para aptidão em equoterapia. O encaminhamento é feito pelas unidades básicas de saúde (UBSs). “A procura é muito grande”, afirmou Eliane Cristina Baatsch, coordenadora do Centro Municipal de Equoterapia, especialista em equoterapia.
Eliane ressalta que cada praticante é único e avaliado em seu diagnóstico. Daí é traçado o tratamento do prognóstico e definido os objetivos. É como acontece com Maria Eduardo Brito, de 2,8 anos de idade. Com atraso na fala, ela é praticante da equoterapia desde junho. “Os exercícios estimulam os sentidos, o contato com o animal trabalha todas as articulações dela. No começo foi difícil, mas hoje ela gosta muito”, explicou a mãe de Maria Eduardo, Natália de Brito, do Jardim Tupanci.
A coordenadora do centro de equoterapia, inclusive autora de um livro sobre o tema, “Equoterapia na inclusão escolar”, disse que os tratamentos são voltados para pessoas com deficiência física, auditiva, intelectual ou para aqueles que têm transtorno do espectro autista (TEA). E entre os benefícios aos praticantes estão as melhoras nos quadros comportamentais, da adequação de tônus muscular e postural, do controle servical, entre vários outros.
“Sou um dos que têm orgulho deste lugar”, comentou o segurança Sérgio Antônio da Silva, pai de Danilo Gabriel Mendes da Silva e morador do Engenho Novo. Com paralisia cerebral leve, Danilo, após uma operação e bastante tratamento no centro, começou a andar.
“Com oito ou dez sessões já percebemos uma evolução impressionante e o Danilo adorou este lugar”, disse o pai, sem esconder a satisfação do filho em participar das atividades terapêuticas.
História da Equoterapia
Pode-se considerar que a equoterapia tem mais de 100 anos de história. Começou durante a chamada Guerra dos Bôeres entre ingleses e holandeses, no sul da África, ao final do século XIX e início do séc. XX, no contexto das disputas imperialistas daqueles tempos. Na época, a ideia era levar lazer e quebrar a monotonia dos mutilados nos hospitais. Pouco mais tarde e com a mesma intenção de distrair o cotidiano dos feridos, na Primeira Guerra Mundial, o hospital universitário de Oxford criou o primeiro grupo de equoterapia, em 1917.
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