Barueri rumo ao Selo de Boas Práticas para o fim da transmissão vertical de HIV e Sífilis

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A cidade de Barueri, que já é referência na prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), está pleiteando junto ao Ministério da Saúde o Selo de Boas Práticas Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e Sífilis. Assim, no dia 3 de junho, a Secretaria de Saúde do município recebeu a visita de campo da equipe do Ministério, composta por membros da Coordenação-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis (Cgist) e demais áreas do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi), além de especialistas voluntários dos eixos de Vigilância, Capacidade Diagnóstica, Programas e Serviços e Direitos Humanos e Participação da Comunidade. 
 
Na visita foram colhidas informações que subsidiam a elaboração de relatórios que, em seguida, serão analisados pela Comissão Nacional da Validação. Após revisão e análise, a Comissão julgará o pleito, deferindo ou indeferindo a certificação e a entrega do selo ao município. A ação é realizada pela Equipe Nacional de Validação do Ministério da Saúde, com expectativa de visitas em mais de 65 municípios. 
 
Barueri recebeu um ótimo feedback após as visitas e foi muito elogiada em relação à estrutura que oferece e ao atendimento prestado à população. A coordenadora-geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Ists do Ministério da Saúde (Cgist/Dathi/Ms), Pâmela Cristina Gaspar, enfatizou a importância da iniciativa.  

“Este momento em campo da Equipe Nacional de Validação é fundamental, não somente para validação das informações recebidas dos municípios candidatos à certificação como também para proporcionar a troca de conhecimentos e experiências sobre as boas práticas voltadas à eliminação da transmissão vertical no território e, consequentemente, no Brasil. A eliminação nacional só pode ser alcançada a partir da mobilização local de gestores, profissionais da saúde, sociedade civil, pesquisadores e instituições envolvidas com a pauta”, declarou Pâmela. 

Sobre a certificação  
A Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical de HIV foi instituída em 2017. Em 2021, houve a expansão para a certificação para a sífilis e a possibilidade de certificação por meio do Selo de Boas Práticas Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e/ou sífilis. Este ano, foi a vez de incluir a hepatite B e a doença de Chagas no rol de doenças e infecções abrangidas pela ação, com desenvolvimento de iniciativas-piloto. Para o próximo ano está prevista a inclusão do vírus linfotrópico de células T humanas (Htlv) no processo. Para que Barueri continue com bons resultados, é imprescindível que a população use os meios de prevenção e as gestantes façam o correto acompanhamento do pré-natal. 

 
Sobre a transmissão vertical 
A transmissão vertical ocorre quando a criança é infectada durante a gestação, parto ou amamentação por consequência de medidas de prevenção não realizadas. Para evitar esse tipo de transmissão, as gestantes devem fazer o pré-natal com todos os testes e cuidados disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), que dispõe de insumos para prevenção, diagnóstico e tratamento, como preservativos, testes rápidos e laboratoriais, fórmula láctea, antibióticos e antirretrovirais. 

Para evitar a transmissão vertical do HIV, da sífilis e das hepatites B e C é necessário: 

1. Realizar o pré-natal desde o início da gestação, ou assim que descobrir a gravidez; o importante é realizar pelo menos seis consultas pré-natais;  

2. Realizar testagem, especialmente por meio dos testes rápidos, para o diagnóstico precoce;  

3. Nos casos de infecção, realizar o tratamento correto com profissional de saúde e ter adesão às consultas do pré-natal para acompanhamento adequado e realização dos exames solicitados;  

4. Utilizar preservativos em qualquer relação sexual, mesmo com parceiro fixo. O cumprimento dessas ações no período pré-natal reduz significativamente o risco de desfechos desfavoráveis à criança.  

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