Conscientização sobre doença de Parkinson marca o mês de abril em Barueri

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Tulipas são usadas como símbolo mundial de conscientização da doença de Parkinson

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Divulgação Secom

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Desde setembro do ano passado, abril foi instituído em Barueri como o mês de conscientização da doença de Parkinson. A lei aprovada pela Câmara Municipal, tem por objetivo divulgar e esclarecer sobre as causas da doença, que não tem cura, mas cujos sintomas podem ser enfrentados no sentido de melhorar a qualidade de vida e promover o bem-estar daqueles que são acometidos pela enfermidade. 

 

A lei municipal foi criada com o intuito de inserir a temática na comunidade como um todo, incentivar os profissionais envolvidos a contribuir cada vez mais com a promoção do bem-estar de quem sofre com a doença, provocar a reflexão sobre situações constrangedoras e discriminatórias vividas por quem enfrenta a enfermidade, unir famílias e sociedade em torno da causa e contribuir para o entendimento do direito às formas de tratamento, dentre outros. 

 

A doença de Parkinson é uma enfermidade progressiva, neurodegenerativa. É causada pela diminuição acentuada da produção de dopamina – substância química que atua como mensageiro químico, um neurotransmissor, do sistema nervoso central. Com o passar dos anos, todos nós apresentamos a morte progressiva das células nervosas que produzem a dopamina. No entanto, algumas pessoas perdem essas células num ritmo acelerado e acabam por manifestar os sintomas da doença, que são rigidez muscular, tremores, lentidão dos movimentos, alterações na fala e instabilidade na postura.  

 

Roda de conversa 
Para marcar a data, a Secretaria de Saúde realizou uma roda de conversa de esclarecimentos sobre a doença na UBS Hélio Berzaghi, no Jardim Paulista. No encontro, aberto a todos, foram abordados temas como a evolução do Parkinson, seus principais sinais e sintomas. As estimativas apontam que no Brasil existam 200 mil indivíduos com a enfermidade.  

 

A iniciativa esteve a cargo de Rafaella Sundfeld de Moraes, enfermeira responsável técnica, juntamente com José Nilson Rodrigues, enfermeiro, e Danielle Cristina Renovato Reis, técnica de enfermagem. “A Atenção Básica trabalha com prevenção e promoção da saúde. A rede coloca datas como essa para que possamos trabalhar com a população no geral, alertando quanto a patologia, como cuidar e sempre manter o acompanhamento com o serviço de saúde”, explicou Rafaella.  

 

Tulipa vermelha 
O mês de conscientização da doença de Parkinson tem por símbolo mundial a tulipa vermelha, adotada nos anos 80, quando um agricultor holandês, que sofria com o mal, desenvolveu uma nova variedade de tulipa, vermelha e branca, e a batizou de “tulipa dr. James Parkinson”.  

 

O médico inglês James Parkinson, aliás, foi o primeiro a pesquisar a doença. A referência ao mês de abril deve-se ao fato de o pesquisador ter nascido em 11 de abril de 1755. Na época, a doença era chamada de “paralisia agitante”. 

 

Para Letícia Neves Duarte, neurologista do Centro de Especialidades de Barueri, datas referenciais sobre doenças “contribuem de forma muito positiva para a população”. Segundo a especialista, “através de divulgações e ações ocorridas de forma mais direcionada a esta doença, temos uma maior propagação de informações confiáveis sobre os sintomas, meios de tratamento de promoção do bem-estar e qualidade de vida dos acometidos pela doença”.   

 

Enfrentamento dos sintomas 
Para Letícia, apesar de o Parkinson não ter cura, é uma doença que “pode ser melhor gerenciada com uma combinação de monitoramento rigoroso, medicação, educação, apoio e terapia, exercícios e nutrição”. Também faz parte do enfrentamento aos sintomas do Parkinson o tratamento medicamentoso, assim como terapias de fisioterapia e reabilitação e psicologia, procedimentos oferecidos à população pela rede de saúde da cidade.  

 

No que diz respeito ao papel da família junto aos doentes, Letícia destaca que o processo educativo dos parentes também é fundamental. “A educação pode combater o estigma e a desinformação que muitas vezes cercam o transtorno”, completa a médica neurologista. Ela ressalta ainda a importância dos grupos de apoio ao permitirem processos de “interações com outros pacientes ou famílias com experiências semelhantes e por fornecer acesso a informações educacionais úteis”.  

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